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| Claudio Agualusa |
Eles,
os ilegais, imorais e com a máquina na mão, tiveram a precisão
cirúrgica de comprar, como dizem, de diferentes formas, os votos
mínimos necessários à bater uma oposição dividida, por vários
motivos. Pior, estranhamente desatenta ao mais importante- a precisão
dos tiros, dados a esmo, propositalmente ou não... Só o tempo dirá!
Não
sei se houve oposição de verdade além da nossa, porque os métodos
usados nas campanhas foram todos muito similares. Padrinhos
políticos, empresários e muito conchavo. Só o tempo dirá a
verdade sobre os boatos de investimentos em candidaturas de A ou B
pra dividir...
Esses
inclusive, motivos pelos quais nossa candidatura não se aglutinou
com nenhuma outra. Dissemos não a patrocínios escusos, a propostas
financeiras, a composições por secretarias etc. Fomos o novo, a
verdadeira face até hoje oculta de uma candidatura apenas preocupada
com o município, registramos um plano de governo limpo,
compromissado e inovador, baseado em anos de estudos e laboratórios
nas ruas, associações e lutas.
Muita
água há de rolar nessa história, na judiciarização que se tornou
a política no Brasil.
Uma
coisa é certa, apesar de discordar e ser oposição, lamentando o
resultado parcial até agora, tenho que reconhecer a maestria e
facilidade dos articuladores do prefeito nessa vitória. "Quantos
votos precisamos pra levar?" "Sete mil?" "Ok,
vamos atrás deles!"... Afinal com seus candidatos a vereadores
calejados, cargos comissionados e afins e a desinformação de parte
da população, além de uma câmara risível, esse trabalho seria
fácil!
Pobre
cidade rica, pobre povo sem noção do que realmente se passa e se
deixa enganar por condenados! Enquanto a cidade não se unir em
ideais e propósitos coletivos sérios, nada mudará e esses que 19
mil disseram NÃO, precisarão apenas de poucos votos pra se manterem
a nos governar.
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