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sexta-feira, 18 de setembro de 2020

o que fazer?



Depois que li postagens de alguns ativistas dos movimentos sociais de Búzios defendendo o voto nulo nas próximas eleições resolvi escrever esta artigo. Militante de esquerda como eles, confesso que compreendi suas razões emocionais, pois é muito difícil participar de uma eleição sem ter um candidato com alguma afinidade política e ideológica contigo. Dos 12 candidatos que se apresentaram para disputar o cargo de prefeito, todos podem ser incluídos, de uma forma ou outra, no espectro de centro-direita a extrema-direita. Uns mais à direita, de extrema direita, outros menos, de centro-direita. Mas não consigo me convencer, de forma alguma, de que votar nulo é a melhor opção que se apresenta politicamente neste momento em Búzios. Do ponto de vista emocional eu entendo perfeitamente a opção deles. E respeito. Mas não estamos tratando de emoções. Estamos tratando de Política. Não existe espaço vazio em política. Desse ponto de vista, a opção pelo voto nulo é um desastre. Senão vejamos.

Em primeiro lugar, todos sabem que era uma grande mentira que 50% de votos nulos mais um anula a eleição. Levando o raciocínio ao extremo, mesmo que todos os eleitores buzianos menos 1, se isso acontecesse de fato, votassem nulo, seria declarado prefeito de Búzios aquele que tivesse esse único voto. Ou seja, uma campanha política pelo voto nulo não impediria que um desses 12 candidatos a prefeito fosse eleito. E eu, mesmo votando nulo, teria que aturar esse prefeito de direita, talvez até de extrema-direita, por longuíssimos 4 anos. 

Em segundo lugar, não temos candidatos de esquerda por causa de nossos próprios erros. A esquerda nunca teve votos em Búzios. Sempre falamos para nós mesmos.  Nunca conseguimos mobilizar para nada, os mais de sete mil trabalhadores do setor de serviços de Búzios e os mais de 2 mil comerciários. Nada fizemos para ajudá-los a destituir os pelegos que há anos dominam seus sindicatos. Nunca conseguimos que o 5º destino turístico internacional do Brasil construísse um simples Hotel Escola para qualificar esses trabalhadores. E que fossem construídas creches suficientes para que eles tivessem onde deixar seus filhos para poderem trabalhar. As vagas nas creches são limitadas, obtidas por sorteio. Uma vergonha! 
  
Com certeza, enquanto alguns defendem voto nulo, ou mesmo abstenção, a maioria dos quase 10 mil trabalhadores do comércio e hotelaria de Búzios vão sair de casa para votar nos candidatos da direita. Nenhum deles vota em partido. Votam nas pessoas. E muitos, por necessidade, provavelmente, vão aproveitar a ocasião para negociar seus votos. 

Em vez de votar nulo é muito mais razoável politicamente analisar  concretamente o momento histórico-social em que a eleição ocorre, para determinar qual ou quais dos candidatos seria mais prejudicial aos interesses da maioria da população da cidade. Como já disse um grande líder revolucionário marxista, na luta política precisamos sempre distinguir o adversário principal do adversário secundário. Se não se faz essa distinção, podemos cair no imobilismo político do voto nulo.  

No caso de Búzios não tenho dúvida de que são dois os adversários principais: o prefeito André Granado e Alexandre Martins. 

Quanto ao prefeito basta verificar o índice de rejeição dele, o que demonstra que o povo buziano quer vê-lo pelas costas. Portanto, todo aquele que representa a continuidade de seu governo é um dos adversários políticos a ser derrotado. Nessa condição não se poderia deixar de colocar os vereadores que deram base de sustentação política ao pior desgoverno que Búzios já teve.  Refiro-me aos vereadores Joice Costa e Miguel Pereira. E finalmente Alexandre Martins, que além do vice que escolheu, é o representante político da pequena especulação imobiliária de Búzios. O meio ambiente de Búzios correria grande perigo se o autor da Lei 17 (Lei dos Pombais) fosse eleito prefeito de Búzios. 

Portanto, excluindo os citados, defendo a união de todos os demais: Leandro, Henrique, Tolentino, Tom, Pedro, Morel, Serafim e Vicente. Como em Búzios não temos segundo turno, o ideal seria que a unidade fosse obtida antes das convenções. Como isso não ocorreu, que decorridos 15 dias de campanha, com base em pesquisas eleitorais, se escolha um para disputar com um dos adversários principais. Ou seja, que os que estiverem atrás nas pesquisas se comprometam a desistir de suas campanhas fechando apoio ao primeiro colocado. 

Como programa mínimo de governo proponho:
- gasto de 30% no máximo com folha de pagamento (fim do clientelismo)
- fim de todas as terceirizações desnecessárias 
- orçamento participativo de pelo menos 7% do orçamento municipal
- plano de cargos e salários dos servidores municipais
- construção de um Hotel Escola, Entreposto Pesqueiro e Mercado Municipal do Produtor Rural
- ensino publico em horário integral
- creches para todos as crianças de Búzios
- Parque Municipal do Mangue de Pedra.  

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terça-feira, 15 de setembro de 2020

Será que vamos repetir 2016?

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Nestas eleições temos 11 candidatos a prefeito. É tudo o que o candidato situacionista quer. Quanto mais dividida a oposição, melhor para ele. Obviamente, que o grupo político que está no Poder vai fazer o possível e o impossível para manter a oposição desunida. O que fizeram em 2016, com sucesso, tentarão repetir em 2020. Vamos deixar isso acontecer de novo?  

Candidatos: 
Gladys (PSC)
Alexandre Martins (Republicanos)
Leandro do Bope (PDT)
Joãozinho Carrilho (PRTB)
Henrique Gomes (Patriota)
Joice Costa (PP)
Tolentino Reis (Pode)
Tom Viana (PSL)
Pedro Carvalho (DC)
Marcelo Morel (PMB)
Comandante Serafim (PSD)
Vicente da Padaria (Cidadnia)

Em 2016, a oposição perdeu a eleição mais ganha do mundo. Simplesmente porque não se uniu. Bastava que dois dos três candidatos de oposição se unissem, que o prefeito André Granado teria sido derrotado. Mesmo existindo três possibilidades de não permitir a reeleição do prefeito André Granado, nenhuma delas se viabilizou. POR QUE? Alguma coisa de muito estranha, muito suja, muito podre, deve ter ocorrido nos bastidores da história desse processo eleitoral. Nunca na história das eleições no Brasil se abriu mão de ganhar uma eleição tão ganha. POR QUE?

Todos os personagens desse triste processo eleitoral buziano estão participando das eleições deste ano. Alexandre Martins é candidato novamente. O que ele tem a dizer sobre a derrota de 2016? Mirinho não é mais candidato, mas deve participar da coordenação da campanha de Leandro do Bope e trabalhar para eleger seu filho vereador. O que Mirinho tem a dizer sobre a derrota de 2016?
Felipe Lopes também não é mais candidato, mas hoje é secretário-geral do PTC, partido que está apoiando o candidato do governo Joãozinho Carrilho, do qual deve ser coordenador da campanha. O que Felipe Lopes tem a dizer sobre a derrota de 2016?

ANDRE GRANADO NOGUEIRA DA GAMA ganhou a eleição com míseros 6.772 (33,49% dos votos válidos), apesar da existência de três grandes possibilidades de ser derrotado.

Primeira possibilidade
Se o 2º colocado, ALEXANDRE DE OLIVEIRA MARTINS, que obteve 4.738 votos (23,43%), tivesse se unido ao 3º colocado, DELMIRES DE OLIVEIRA BRAGA, que obteve 4.172 votos (20,63%), Alexandre teria sido eleito prefeito de Búzios.

Segunda possibilidade
Se o 2º colocado, ALEXANDRE DE OLIVEIRA MARTINS, que obteve 4.738 votos (23,43%), tivesse se unido ao 4º colocado, FELIPE DO NASCIMENTO LOPES, que obteve 3.675 (18,18%), Alexandre teria sido eleito prefeito de Búzios.

Terceira possibilidade
Se o 3º colocado, DELMIRES DE OLIVEIRA BRAGA, que obteve 4.172 votos (20,63%), tivesse se unido ao 4º colocado, FELIPE DO NASCIMENTO LOPES, que obteve 3.675 votos (18,18 % dos votos válidos), Mirinho Braga teria sido eleito prefeito.

Será que mais uma vez não vamos nos unir para derrotar o candidato do desgoverno que nos desgoverna há 8 anos? Será que mais uma vez, por falta de união, o candidato do governo, seja do Plano A, Plano B, Plano C, etc, sairá vitorioso, mesmo obtendo, se tanto, apenas 1/3 dos votos (33,49%).

Será que nossa querida Armação dos Búzios sobreviverá a mais quatro anos de desgoverno? Será que o povo de Búzios terá que ser penalizado com mais um governo autoritário, perseguidor e antipopular? Será que seremos obrigados a assistir passivamente a nossa galinha dos ovos de ouro ser devorada pelos interesses da pequena/grande especulação imobiliária de Búzios? Será que assistiremos nossa belíssima Armação dos Búzios se tornar um imenso e horroroso canto direito de Geribá? Será que os poderosos da península conseguirão, além-pórtico, sufocar nosso Mangue de Pedras com sua Grande Reserva de 221 unidades residenciais?

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sábado, 27 de junho de 2020

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Uma análise nada sutil dos posicionamentos políticos dos vereadores da Câmara de Búzios

Câmara de Búzios rejeita PL de abertura de crédito orçamentário para reforma de praças e quadras. Foto original: Câmara de Búzios 



Depois de muito tempo, o rejeitadíssimo prefeito André Granado e seus empreiteiros amargaram uma dura derrota na Câmara do Amém, aquela que sempre lhe foi fiel a maior parte do seus mais de 7 anos de mandato. O único período em que a Casa Legislativa não lhe prestou fidelidade canina foi durante o período de existência do G-5 original.

Cinco vereadores votaram pela reprovação do projeto de lei, de iniciativa do prefeito, que autorizava a criação de despesa no orçamento vigente para reforma e melhoria de praças e quadras da cidade. O valor da despesa é de R$ 3.085.000,00; e seu recurso seria proveniente de Superavit Financeiro na Fonte 004 – Royalties de Petróleo. O PL 26/2020 foi reprovado por 5 votos a 3 na sessão ordinária de quinta-feira (21). O povo de Búzios agradece os 5 votos.  

Os cinco vereadores contrários- um novo G-5 de ocasião?- ao projeto argumentaram que na atual conjuntura de pandemia da COVID-19, existem outros gastos mais prioritários, como auxílio emergencial ou estruturação da Saúde. Constituem o grupo os G-5 raiz Cacalho e Gladys, o ex-G-5, Turma do Amém e atual G-5 de Ocasião Dida, o Turma do Amém e atual G-5 de Ocasião Miguel, e o Turma do Amém, Traidor do Impeachment e atual G-5 de Ocasião Dom.

Já três outros vereadores também da turma do amém, constituída pelos vereador ex-G-5 e Turma do Amém Josué,o  ex-G-5, Traidor do Impeachment e Turma do Amém Nobre, mais o eternamente “Turma do Amém” governista Niltinho, votaram a favor com base no argumento de que a cidade deve atuar para o momento pós-pandemia.

A presidente Joice Costa- também da Turma do Amém- para sua sorte, não vota, exceto em caso de empate, mas deixou registrado seu posicionamento contra este gasto no momento atual. Mais uma que não quer dizer mais amém para o rejeitadíssimo prefeito, depois de 7 anos se beneficiando do seu desgoverno.


Fonte: "CÂMARA DE BÚZIOS"

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domingo, 24 de maio de 2020

André Granado, prefeito perseguidor, quer cassar licença de liderança sindical dos servidores públicos de Búzios

Marcos Silva, vice-presidente do ServBúzios. Foto: perfil do Facebook

Portaria suspendendo a licença sindical de Marcos Silva


"O bravo companheiro de muitas lutas Marcos Silva, vice-presidente do ServBuzios, defensor incansável dos servidores e da transparência nas contas públicas está sendo duramente perseguido pelo governo municipal. Mais um ataque em meio à pandemia! Precisamos, ainda mais, nos unir contra as arbitrariedades cometidas por esse governo cuja principal característica é a perseguição política. Não vão nos calar! 
"Apesar de você, Amanhã há de ser outro dia"

Texto da professora Cláudia Rodrigues de Oliveira


Luiz Carlos Gomes
Cláudia Rodrigues de Oliveira
Anna Roberta Mehdi

Vamos compartilhar!

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quinta-feira, 12 de março de 2020

Por que o prefeito André Granado não declarou ainda quem é o seu candidato?

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Sempre que era perguntado, o prefeito André Granado dizia que só anunciaria o nome de seu candidato a prefeito de Búzios depois do carnaval. Mas o carnaval já acabou há quase um mês, e até agora nada de nome do escolhido do prefeito. O que será que está acontecendo?

Quem conhece um pouco dos bastidores da política buziana, sabe muito bem que o índice de rejeição do prefeito André Granado e a reprovação ao seu governo são altíssimos. Nessa situação extremamente crítica não tem como o criador indicar uma criatura sem que ela fique impregnada desses mesmos índices negativos. Calcula-se que qualquer candidato em que o prefeito ponha a mão não conseguirá mais do que 13% das intenções de voto, quando se sabe, que em condições normais, quem tem a máquina pública obtém em média no mínimo 25% dos votos. Hoje, seus possíveis candidatos (Joãozinho, Joice e Miguel), não alcançam individualmente 3% das intenções de voto.

Nessas condições não há como fazer o sucessor. Não dá mais pra repetir parte da estratégia da última eleição com o lançamento de um candidato do governo, o que quase fez tudo ir por terra com a difícil reeleição do prefeito, com apenas 25% do total de votos dos buzianos. Todos sabem que foi preciso intervir no campo oposicionista para impedir pelo menos que dois dos três candidatos oposicionistas se unissem. Nunca antes na história das eleições municipais brasileiras aconteceu algo tão inusitado, onde dois entre três candidatos abriram mão de ganhar as eleições. Em troca do quê? Não se sabe.

O atraso em revelar o nome do prefeitável do prefeito se deve a esse aprendizado da eleição anterior. Não se pode mais correr o mesmo risco de 2016. E, afinal, a jogada já está manjada. 

Estuda-se, então, antecipar a investida no campo oposicionista para já ir preparando o terreno para o plano B, já que o plano A se mostrou inviável. 

Já existem sinais de que essa estratégia está sendo posta em prática há muito tempo. Decifrando esses sinais podemos descobrir quem são os possíveis cavalos de Tróia do campo oposicionista. Quem só vê sinal apenas em Fóruns esquece propositalmente algum pajé.

Uma pista a seguir é o temperamento nada político do atual prefeito. Ele é arrogante, acha que sabe de tudo, não dialoga com ninguém e não tolera ser contrariado. Também é  perseguidor e intolerante. Vê adversários políticos como inimigos mortais, os quais, sempre que pode, procura prejudicar.

Dessa pista chegamos aos sinais.

SINAL 1:
André Granado não permitiria de forma alguma que um secretário seu apoiasse um candidato que não fosse o seu escolhido. Como não tem em suas hostes um candidato viável para escolher, seus secretários só poderão apoiar um ou outro candidato que possa participar do plano B. Não tem nenhum secretário de André Granado apoiando, por exemplo, a vereadora Gladys e o vice-prefeito Henrique Gomes.

SINAL 2
André nunca permitiria que candidatos verdadeiramente oposicionistas fossem beneficiados com contratos com a prefeitura, incluindo aí os aluguéis. Ou você imagina que o prefeito André Granado alugaria um imóvel de propriedade de Henrique Gomes ou da vereadora Gladys, ou até mesmo de parentes deles. 

SINAL 3:
André não faria vista grossa para obras irregulares que Henrique e Gladys por ventura viessem a realizar. Imediatamente mandaria a fiscalização ao local, multando os dois e os ameaçaria com demolição das obras já realizadas. A vereadora Gladys foi impedida de construir uma cisterna sem licença da prefeitura. Enquanto conhecido shopping da cidade foi construído repleto de irregularidades, sem respeitar o Plano Diretor e a Lei do Uso do Solo.

SINAL 4
André não autorizaria de modo algum que procuradores municipais advogassem para Henrique e Gladys. E muito menos que servidores municipais não concursados apoiassem candidato que não fosse o seu, tanto para vereador ou deputado estadual. 

Com essa nova estratégia o prefeito deve acreditar que não será mais preciso usar a lendária casa situada na Marina como em 2016, para que André Granado pudesse ganhar as eleições com 25% dos votos contra a vontade da imensa maioria da população buziana (75%).

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domingo, 12 de novembro de 2017

Oposição?

Felipe Lopes concede entrevista a Ademilton, foto blog buziosparalelo 

A entrevista concedida pelo ex-vereador e ex-candidato a prefeito Felipe Lopes à Rádio Litoral trouxe de volta a discussão sobre os motivos que levaram as oposições a não se unir nas eleições de 2016. O blog Búzios Paralelo postou um vídeo (2'32") com um pequeno trecho da entrevista (ver em "buziosparalelo" ). Espero que o Jornal de Sábado a publique na íntegra. 

Depois dos resultados eleitorais de 2016, muitos boatos correram pela cidade sobre os motivos que levaram três importantes setores das oposições buziana a perder as eleições mais fáceis da história da cidade. Um desses boatos dizia que dois dos quatro candidatos de oposição teriam fechado acordo com a situação para que nenhum dos dois se unissem aos outros. Muitas benesses, secretarias incluídas, teriam sido oferecidas nessas tratativas.         

Não fossem esses motivos, resta incompreensível o fato das oposições não terem se unido. O Prefeito André Granado entrou nas eleições com um alto índice de rejeição, na casa dos 70%. Só se elegeria fruto de um milagre ou fechando acordo com parte da "oposição". E se reelegeu com apenas 6.772 votos, que significam 33,49% dos votos válidos. Se considerarmos o total de eleitores (25.868), sua votação cai para um pouco mais de 1/4  (26,17%). Em relação à eleição anterior de 2012, o desgastado André perdeu 2.239 votos. Sem considerar, é claro, que o número de eleitores aumentou em 3.915 da eleição de 2012 para 2016.     

No curto trecho da entrevista postada no blog, Felipe Lopes responsabiliza claramente o ex-prefeito Mirinho pela derrota. Diz que havia acordado com ele três datas diferentes para o fechamento da aliança entre os dois, com Mirinho desistindo de sua candidatura para apoiá-lo. Mirinho não fechou em nenhuma das datas. E que três dias antes da eleição teria ido à sua casa, por volta do meio dia, para nova tentativa de acordo. Depois de ter alegado que precisava conversar com seu grupo antes de dar a resposta, Felipe não conseguiu mais falar com Mirinho: "Liguei pra ele o dia todo e ele não atendeu, os (3) dias passaram e todos nós perdemos a eleição". 

Acompanho eleições em Búzios desde 2004. Já vi muitos candidatos novatos a vereador que fazem campanhas eleitorais acreditando piamente que serão eleitos. Depois, ficam arrasados com seus 40 ou 50 votos. Mas numa eleição pra prefeito, com políticos experientes como Mirinho, Alexandre e Felipe não tem engano. Claudio Agualusa- marinheiro de primeira viagem- deve ter sido o único que sonhou que poderia ganhar. Todos se municiam de pesquisas eleitorais para ditar os rumos de suas campanhas. Ou seja, todos sabiam, dentro da margem de erro da pesquisa, quantos votos teriam e a quantidade de votos dos outros candidatos também. Todos sabiam muito bem da necessidade de união para vencer o pleito. Bastaria a união de apenas dois, excluindo-se Claudio, pois sua votação somada à votação de qualquer outro oposicionista não influiria no resultado final. Apesar de que esse possível gesto do Agualusa de desistir da candidatura para apoiar alguém- que não aconteceu- poderia ter efeito simbólico sobre as oposições.   

Se todos sabiam, por que não se uniram? Se não negociaram nada com o governo, por que não fecharam acordo? Por que Felipe, na entrevista, só fala em negociações para fechar aliança com Mirinho? Por que não fala de Alexandre? Fechar aliança faltando três dias para as eleições faz sentido? Por que Alexandre nada fala a respeito? Por que Mirinho, encrencado durante toda campanha eleitoral com o registro de sua candidatura, não desistiu dela bem antes do dia da eleição, para que os eleitores pudessem ser informados do novo quadro eleitoral? Por que insistir em disputar uma eleição em que perdeu 3.709 votos em relação à eleição anterior (7.881 votos em 2012) e na qual não conseguiu eleger seu filho vereador (Rafael Braga foi o 16º mais votado, e o terceiro da coligação, com apenas 374 votos. É o segundo suplente, atrás de Cristiano Marques)? Mirinho era o único oposicionista?

É o que Mirinho quer fazer crer. Alexandre e Felipe não seriam candidatos oposicionistas de verdade, ao seu modo de ver. Na entrevista que concedeu ao Jornal de Sábado, Mirinho alerta que "temos que identificar quem é oposição de verdade, e quem finge ser". Em nenhum momento cita Felipe. Fala apenas de Alexandre, mas quando assinala que "não basta dizer ser oposição, é preciso se posicionar contra o caos na saúde, o descaso com a educação, o desemprego, o turismo jogado às traças, a insegurança, dizer não às milícias que tomaram conta de nossa cidade", o exclui, porque Alexandre não se posiciona contra nada disso. Alexandre parece aquele passarinho que passou a dormir de cabeça para baixo de tanto andar com morcegos, usando a figura utilizada por Mirinho.

Há indícios a corroborar o que Mirinho diz? Sim, mas de difícil comprovação. Se assim for, podemos afirmar que tínhamos apenas um candidato de oposição nas eleições de 2016: Cláudio Agualusa. Mirinho, segundo seus próprios critérios, não pode ser considerado um candidato de oposição, porque o modelo político-administrativo que sempre pôs em prática em seus governos anteriores em nada se diferencia do modelo clientelista-patrimonialista de André. Em suma, Mirinho não significava "mudança" essencial alguma em relação ao governo André.

Com a passagem recente de Cláudio para as hostes alexandristas não restou nenhum oposicionista em Búzios. O que pode ser muito bom, pois o joio já foi  separado do trigo. Agora, é preciso arregaçar as mangas e construir uma alternativa a esse estado de calamidade política que tomou conta de nossa cidade. Mãos à obra. É possível fazer política diferente em Búzios. POR UMA NOVA FORMA DE FAZER POLÍTICA EM BÚZIOS!

Observação 1: o redator do blog buziosparalelo relata que três (Alexandre, Felipe e Cláudio) candidatos de oposição nas eleições de 2016 estavam no palanque de Mirinho em 2012. O que prova, segundo ele, que o ex-prefeito Mirinho está em queda livre política, perdendo aliados e cabos eleitorais importantes. E acrescento: apenas um dos sete vereadores (Henrique, Messias, Joice, Lorram, Felipe, Gugu de Nair e Leandro) que elegeu por sua coligação em 2012 estavam com ele em 2016: Leandro, seu vice. Nas últimas eleições, elegeu apenas um vereador (Josué) e não conseguiu, como já disse, eleger seu filho. Tenho uma explicação pra isso: Mirinho, assim como o grande Brizola, nunca abriu espaço para as novas lideranças que surgiam ao seu redor. Quem quisesse alçar voos políticos mais altos, que procurasse outra freguesia. Os dois políticos são loucos pelo poder. É só conversar com César Maia, Garotinho, Marcelo Alencar (in memorium), Henrique Gomes, Lorram, Messias, ... etc.

Observação 2: o espaço, como sempre, está aberto para quaisquer manifestação dos citados. Fiquem à vontade! O espaço é democrático.

Comentários no Facebook:

JorgeeCriscia Guimarães Que oposição Brasil nunca se teve oposição!! Existe sim corrupção de partidos políticos!!




Maria Elena Olivares Essa e a POLITICA buziana triste

Comentários
Fabio Dantas Oposição no mundo todo necessita ser qualificada, inteligente, integrada com a realidade e complexa pela natureza do jaez. 
A democracia agradece se esses itens forem observados, eis que haverá ganho para o próprio governo. Não pode se reservar o luxo irresponsável da disputa do poder, pelo simples poder! 
Toda forma de exercício de democracia é louvável. 
Ad astra para todo o poder que emane do povo! Parabéns a todos com ímpeto Democrático e cidadão!

domingo, 2 de abril de 2017

O primeiro G-5 da Câmara de Vereadores de Búzios

Termo de compromisso publicado no jornal O Peru Molhado de 8/12/2006
  
O primeiro G-5 da Câmara de Vereadores de Búzios foi criado no final do ano de 2006 com o compromisso principal de reconduzir o vereador Francisco Neves à Presidência da Casa Legislativa. As metas relacionadas por eles no Termo de Compromisso, de fiscalizar e cumprir leis, para vereadores, são redundantes.

Nessa ocasião, o Prefeito Toninho Branco contava com uma base parlamentar constituída de 6 vereadores: Francisco, Genilson e Evandro, todos do seu partido PMDB; Flávio, do PTB; Uriel do PDT; e Fernando do PPS. Estes dois últimos, eleitos pela oposição, foram cooptados pelo governo logo nos primeiros dias da nova gestão. 

Portanto, a oposição que havia eleito 5 vereadores- maioria da Câmara- ficou minoritária, reduzida a apenas três: Alexandre e Messias do PDT; e Henrique do PP. 

Como o vereador Henrique Gomes traiu o compromisso com o grupo, lançando-se candidato do governo à Presidência, segundo ele obedecendo a acordo político estabelecido entre o presidente do seu partido Dornelles e o Prefeito Toninho Branco, os vereadores remanescentes foram obrigados a cooptar um vereador da situação para recompor o G-5. O escolhido, vereador Genilson, não se recusou a montar o cavalo que passou selado à sua frente. 

Em síntese, o G-5 que inicialmente era composto por dois vereadores da situação (Francisco e Flávio) e três da situação (Alexandre, Messias e Henrique), ganhou a disputa da Presidência com três da situação (Francisco, Flávio e Genilson)  e dois da oposição (Alexandre, Messias). 

A vereadora Joice não gostou quando eu usei o termo traição me referindo ao G-5 do qual ela participou e traiu em 2011, mas o que observamos nessa movimentação no final de 2006 na Câmara foi um show de traição "pra todos os lados". A coisa foi tão surreal que tivemos vereadores da oposição votando em candidato da situação e vereadores da situação votando em candidato da oposição. Que nome se dá a isso? Se não é traição, é o quê? 

Este G-5, assim como o de 2011, parece que foi muito bom para os vereadores que dele participavam, principalmente para aqueles que ficavam como fiéis da balança, caso de Genilson e Flávio. As principais decisões dependiam dos dois.   
Mas acredito que o primeiro G-5 teve alguma consequência positiva para a cidade e o povo buziano: ter contribuído para a não reeleição de Toninho Branco em 2008. Assim como o segundo G-5 da 4ª Legislatura (2009-2012), também constituído no segundo biênio (2011-2012), em final de mandato, muito contribuiu para a não reeleição de Mirinho em 2012.   

O atual G-5, terceiro de nossa história legislativa, tem uma característica importante que o difere na essência dos outros dois. Todos os seus membros foram eleitos pela oposição. Nenhum deles traiu grupo político algum. Muito menos traiu o povo que os elegeu na oposição justamente para servir de contraponto ao governo. Como se o povo, em sua imensa sabedoria política, com seu voto, quisesse reeleger André, mas, por não confiar muito nele, decidiu eleger uma bancada parlamentar majoritariamente de oposição para fiscalizá-lo.

Comentários no Facebook:
Blanca Larocca Não é traição de partido e traição a Búzios!

Ip Buzios Concordo.

Comentários
Roselene Pereira Putz. Isso me preocupa.
CurtirResponder1 h


Beth Prata Acho bastante interessante ter uma câmara que seja oposição ao prefeito.significa que a população pode ter uma convicção de centro esquerda. Se eles honrarem suas origens , poderemos ver corruptos , que estiveram ate aqui , juntos a Picciani, Sérgio Cabral , Dorneles e Paulo Mello ,afastados definitivamente da política local.
    

domingo, 1 de janeiro de 2017

Oposição à André elege Cacalho novo presidente da Câmara de Vereadoresde Búzios para o biênio 2017-2018

João Carlos, "Cacalho", foto do Facebook

"Não temos compromisso com ninguém, a não ser com o povo de Búzios" (Cacalho)

Cacalho venceu a candidata do governo, Joice, por 5 votos (Gladys,Josué, Nobre, Dida e Cacalho) a 4 (Miguel, Niltinho, Dom e Joice).

Nova Mesa Diretora:
Presidente: Cacalho
Vice-Presidente: Gladys
1º Secretário: Josué
2º Secretário: Nobre
 
A nova Câmara de Vereadores de Búzios é constituída de 5 nativos (Dom, Niltinho, Cacalho, Joice, Josué) e 4 "estrangeiros" (Gladys, Nobre, Miguel e Dida).  

Comentários no Facebook:
Thomas Sastre Esperamos que seja tudo de bom,,Parabéns para esta gente que ganhou com seu voto suado,lutado ,lembrando que este povo,e toda mia família depositara em os próximo 4 anos a vida educadora,e,cultural ,, de sua família,,que esta gente honre os princípios civilizatórios da cidade saneamento) ,,atenção em as horas de ficarem exaltados,,os vereadores não podem falar palavras de baixo calão quando se referirem ao presidente da Câmara ,de alguém gritar,,, Caralho Cacalho,,,

Laci Coutinho Boa sorte João Carlos, no seu mandato!

Vanderley Coutinho Parabens companheiro
Eduardo Trindade Pelo menos não é o propineiro da ordem pública!!!!
Caique Simas Ele é de qual partido? É situação ou oposição?
Luiz Carlos Gomes Foi eleito pela oposição


Francisco Natal não sabemos depende do Dr.
Edvaldo Luiz Parabéns Cacalho!!!
Francisco Natal Essa é a hora se juntar ao povo.
Jorge Dias Parabéns.